CaRINA: o carro brasileiro que se dirige sozinho

Publicado em: 10/05/2013

Carro autônomo Carina

O projeto Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma (CaRINA), desenvolvido por pesquisadores da USP de São Carlos, no interior de São Paulo, visa o desenvolvimento de um automóvel que se dirige sozinho, sem a necessidade de uma pessoa para conduzi-lo. Além disso, a intenção é diminuir o número de acidentes em ruas e rodovias, aumentar a eficiência do trânsito e também auxiliar a motorista diante de uma situação de risco.

Os trabalhos, realizados no Laboratório de Robótica Móvel, iniciaram em abril de 2010, com o veículo elétrico CaRINA 1. Em outubro do mesmo ano, foram feitos testes de condução autônoma no Câmpus 2 da USP São Carlos. De lá para cá, diversos resultados como visão computacional, navegação robótica, controle, entre outros, foram obtidos.

Em julho de 2011 começaram os testes com o CaRINA 2, um Fiat Palio Adventure Dualogic. Com a aquisição do veículo, foi possível realizar atividades experimentais como a dirigibilidade em maior velocidade e no trânsito urbano. Em abril de 2012 foi colocado à prova o controle computacional (Drive by Wire). Em setembro do mesmo ano o carro já era completamente autônomo e ganhou uma reportagem exibida no Jornal Nacional, da Rede Globo.

Atualmente o projeto CaRINA recebe financiamento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT – SEC), que fica localizado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, além do apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Funcionamento

Um carro autônomo tem vários recursos que não estão presentes em automóveis comuns, como computadores, sensores e outros artifícios. A maior parte dos veículos autônomos é composta por três sistemas: percepção, processamento e atuação.

Interior carro autônomo Carina

O sistema de percepção conta com GPS, câmeras, lasers, entre outros. Estes equipamentos são responsáveis por identificar obstáculos, identificar a sinalização de trânsito, as ruas e guias, e estimar a localização do carro em relação ao mapa das ruas de uma cidade. São necessários programas de computador que interpretam os dados dos sensores para obter informações minimamente detalhadas sobre o ambiente. O sistema de processamento é o responsável por tomar as decisões acelerar, frear e virar o volante. Por fim, o sistema de atuação, composto por motores e circuitos eletrônicos que fazem o controle do veículo.

Confira abaixo um vídeo do CaRINA em ação:


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