Vantagens do consórcio de carro

Publicado em: 18/05/2010

Mesmo os menos materialistas já tiveram, em algum momento, o sonho de trocar o ônibus, o trem ou o metrô lotado por um carrinho nem que fosse velhinho.

E quem já ficou na rua por causa de problemas com o carango sabe: bom mesmo é carro novo. Para quem sonha, o trânsito congestionado, o preço da gasolina, do álcool, ou do gás não tem a menor importância diante da liberdade de poder ir motorizado para onde quiser. E aquele cheirinho de carro novo, então... ninguém resiste!

A distância do sonho à realidade está por volta de 25 mil reais. Esse é o valor médio dos veículos 1.0 que, apesar do preço salgado, a indústria automotiva teima em chamar de "carro popular". Para aproximar o veículo dos populares de verdade, gente de carne e osso como nós, já existem financiamentos de automóveis de 50, 60 e até 72 meses.

Um canto da sereia que pode transformar essa história sobre quatro rodas em pesadelo. "Com os juros altos do jeito que estão, o cliente financia um automóvel e paga dois", alerta o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade.

O carro de 25 mil reais financiado, à uma taxa de juros de 3% ao mês, sai por 30,1 mil em doze vezes de 2,5 mil reais. Em 60 vezes, com prestação de 903 reais, o mesmo carro não fica por menos de 54 mil reais.

Como os contratos são pré-fixados, o consumidor sequer poderá se beneficiar de uma possível queda da taxa de juros. O ideal, segundo o economista, é usar os juros a nosso favor e, em vez de pagá-los no financiamento, colocar o dinheiro numa aplicação financeira para acumular recursos para comprar o carrão.

Nesse caso, é preciso ter paciência e apostar em um investimento que renda mais do que a inflação, um fundo de renda fixa, por exemplo. Mesmo assim, essa opção é a mais demorada. Juntando 500 reais por mês leva-se 70 meses para chegar aos 25 mil reais necessários para comprar o veículo. Porém, com o dinheiro na mão é possível negociar um desconto com a concessionária.

O consórcio também é uma boa alternativa para chegar ao carro novo porque o cliente não paga juros, apenas uma taxa de administração. As mensalidades sobem de acordo com a valorização do veículo desejado e há a possibilidade de conseguir o automóvel nos sorteios mensais, ou dando o lance.

É por isso que o economista Ribeiro de Oliveira sugere uma opção combinada. "Quem puder esperar deve poupar por alguns meses, juntar um valor significativo, entrar em um consórcio e utilizar as economias para dar um lance. Assim sai mais barato", diz.

 


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