No financiamento pode perder o bem

Publicado em: 09/09/2010

O carro é o sonho de consumo de muita gente, e o financiamento é o principal caminho que as pessoas escolhem na hora de comprar seu veículo. Mas alguns cuidados devem ser tomados antes de “se enfiar na dívida”.

Primeiro o consumidor tem que ter em mente que quando ele financia um carro, o banco paga a concessionária o valor de venda do veículo. A partir daí o consumidor não deve mais o carro a loja, deve “apenas” o financiamento ao banco, que em geral custa quase o dobro do valor do veículo. O carro é apenas a garantia do empréstimo feito ao banco.

Caso as parcelas do financiamento não sejam pagas, será dado busca e apreensão no veículo. Isso geralmente acontece com a partir de 3 prestações em atraso, mas pode acontecer com uma apenas.

Feita a apreensão do veículo, este vai para leilão, e lá os carros costumam ser arrematados por cerca de 50% a 60% do valor de tabela. Esse valor é abatido do valor do financiamento. O resto fica para o consumidor pagar.

Ou seja, o carro é “devolvido” mas mesmo assim fica um dívida imensa para o consumidor pagar. Veja um exemplo:

O carro custava R$20.000,00
mas foi financiado em 48x de R$791,66.
A soma das parcelas do financiamento custará R$38.000,00
Suponhamos esse consumidor pague as parcelas por um ano, ele teria pago R$9.500,00.
Mas por alguma razão não pudesse mais pagar,
Seria dada a apreensão desse carro, que (com sorte) seria leiloado por R$12.000,00.

Então: 38000-9500-12000=16.500

O consumidor ficaria sem carro e com uma dívida de R$16.500,00 para pagar.

Algumas financeiras propõem a devolução amigável. Mas de amigável só tem o nome, pois não muda nada da situação acima, exceto que a empresa não pode cobrar do consumidor as custas da busca e apreensão, uma vez que não houve.

Então a melhor maneira de comprar um carro é avaliando o risco de se perder o emprego durante o período do financiamento, e dando a maior entrada possível, pois cada R$1 pago na entrada o consumidor economiza, em média, R$1,80 no financiamento. Ou optar por fazer uma poupança ou um consórcio de automóveis e comprar à vista.

 


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