Fiat e Mitsubishi saem na frente com os automóveis elétricos

Publicado em: 25/05/2010

Em poucos anos, o consumidor brasileiro, acostumado com motores movidos a etanol, gasolina e GNV terá mais uma opção: carros elétricos.

A novidade movimenta o mercado, não apenas o automobilístico, mas também os setores que serão beneficiados por esses novos veículos. Embora eles devam começar a chegar em 2015, um empreendimento de alto luxo em Alphaville, na Grande São Paulo, já tem previsto no projeto uma garagem adaptada para receber modelos elétricos.

A questão das garagens apropriadas é um mero detalhe perto do que falta em relação a políticas de desenvolvimento. O governo sabe disso. Sob a pressão do setor privado, o governo brasileiro decidiu abrir caminho paralelo ao do etanol. Nesta semana, o Ministério da Fazenda anunciará um plano embrionário de estímulo ao desenvolvimento dessa tecnologia.

De acordo com o diretor de relações institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero, há três meses foi criado um grupo de trabalho com governo e setor privado para estudar os estímulos à produção de modelos elétricos. O resultado do que foi levantado durante esse período será o que o Ministério da Fazenda irá apresentar. “Não terá nada específico, mas sim linhas gerais de políticas para a viabilidade da implantação do veículo elétrico no país”, diz o diretor da Anfavea.

Cantero adianta que tais políticas envolvem desenvolvimento de produtos e de tecnologias de motorização, políticas de abastecimento, suprimento e rede de distribuição. “O importante é que isso discuta uma nova fonte de energia veicular, para ver se vai funcionar ou não no país”, diz.

No Brasil, as montadoras que mais investem em veículos elétricos são Fiat, que desenvolve o Palio elétrico em parceria com a Itaipu Binacional — e a Mitsubishi, cujo modelo i-MiEV já roda em São Paulo para testes.


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