Falta de lei inviabiliza carros elétricos no Brasil

Publicado em: 03/05/2010

Hoje os únicos carros elétricos vendidos no Brasil são os de brinquedo. Mas um Projeto de Lei do senador Flávio Arns (PSDB) propõe isenção fiscal para estimular o comércio de veículos de passeio movidos a eletricidade, que não poluem o ambiente.No governo porém, há quem defenda a tese que o automóvel a álcool é o suficiente, por ser uma matriz energética relativamente limpa e que dispensa investimentos.

A vinda dos carros elétricos, por exemplo, exigiria uma rede de abastecimento específica, já que eles são recarregados em tomadas.  A seu favor pesam a não emissão de gases tóxicos e o baixo custo , cerca de R$0,03 de eletricidade por quilômetro rodado, sete vezes menos do que se abastecido com álcool.

“O problema dos carros exclusivamente elétricos é seu custo tecnológico. Se o governo não der incentivos, eles continuarão inviáveis”, afirma Reinaldo Muratori, chefe de engenharia da Mitsubishi.A marca, que estuda importar o compacto i-MiEV a partir de 2013, diz que renúncias fiscais poderiam reduzir o preço do modelo para R$100 mil.Ainda é muito para um carro de quatro lugares e acabamento despojado que nasceu, na verdade, para substituir o pequeno forfor na Europa.A ruptura entre smart e Mitsubishi mudou o destino do projeto, que passou para as mãos das montadoras japonesas.

Em relação aos carros elétricos de brinquedo, o i-MiEV só muda de tamanho. E a maior diversão ao guiá-lo é saber que não está agredindo o planeta, nem escapamento o carro tem. Avaliado pela Folha, o i-MiEV mostrou-se ágil em arrancadas e despistou o Palio 1.0 Flex que tentava alcançá-lo.


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