Apresentado segunda-feira (25/10) no Salão de São Paulo, o compacto March para a Nissan do Brasilo será vendido no mercado brasileiro a partir do início do ano que vem. Como se trata do primeiro “popular” da fabricante, o modelo vai impulsionar a Nissan a competir em 65% do mercado nacional de carros.

O carro tem como meta elevar a participação de mercado da montadora japonesa no Brasil para mais de 2%. Segundo a companhia, a meta é ter 5% de market share até 2014, o que é considerado ambicioso pela companhia, mas não impossível.

Em entrevista ao G1, o presidente da Nissan do Brasil, Christian Meunier, disse que o grande desafio é conseguir tornar as peças de reposição do modelo March competitivas. Isso porque o carro é fabricado no México e, como outros modelos da Nissan importados, poderia ser prejudicado pelo alto custo de manutenção.

“Queremos fixar preços nas revisões e trazer as peças por preços competitivos com o carro. É um grande desafio, mas que fará uma grande diferença, já que se trata do carro popular da marca”, ressaltou Meunier que, por enquanto, descarta a produção do modelo no Brasil.

O carro é global e será fabricado em diversos países, como Tailândia, Japão e China. A plataforma global em “V” do March (também chamado de Micra em outros mercados) permite o desenvolvimento de outros produtos. “Nesta plataforma vamos construir um utilitário esportivo e também um sedã", afirma Meuiner, que nega a possibilidade do desenvolvimento de uma picape. Questionado sobre o lançamento dos futuros produtos no Brasil, o presidente da Nissan do Brasil sorri. “Quem sabe até 2014.”

O March mede 3,78 m de comprimento, 1,66 m de largura e tem 2,45 m de distância entreeixos. É o  modelo é o veículo mais barato fabricado pela Nissan. Ele custa 999.600 ienes ou US$ 11 mil. Para o Brasil, o preço ainda não foi divulgado. Aqui, ele disputará mercado com o Volkswagen Fox, Renault Sandero, entre outros. Pela primeira vez, o compacto 100% elétrico Leaf deu as caras ao público nacional. Depois de estrear no Japão, o modelo começa a ser comercializado nos Estados Unidos, onde já tem 20 mil unidades encomendadas.

Para o Brasil, no entanto, Meunier acha muito cedo falar em vendas do modelo ao público em geral, já que o país possui diversas alternativas energéticas. Porém, a Renault/Nissan já faz parceria com a Prefeitura de São Paulo, para que o modelo seja utilizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Mesmo assim, o consumidor brasileiro poderá dirigir o carro no primeiro semestre de 2011, de acordo com a Renault. O carro tem autonomia para rodar com uma recarga por 160 km e atinge a velocidade máxima de 145 km/h.