Renault-Nissan prevê expansão com novos lançamentos

Publicado em: 29/04/2010

O presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, prevê que o mercado brasileiro de veículos,que fechou o ano passado em 3,14 milhões de unidades (entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), irá dobrar nos próximos anos.

Nesse cenário, a principal meta do grupo é ampliar a participação nas vendas de automóveis e comerciais leves para 10%, em linha com a média do grupo no mundo. Nos três primeiros meses deste ano, o market share da Renault-Nissan nesse segmento foi de 5,55%, conforme dados da Fenabrave, entidade que representa concessionárias de carros.

A projeção de Ghosn se sustenta no grande potencial de consumo de automóveis no Brasil, principalmente quando se olha a disparidade nos índices de população motorizada no país e na Europa. "Não há razão para o Brasil ter 150 carros por mil habitantes, enquanto essa taxa em países médios da Europa é de 600 (carros) por mil habitantes", afirmou o executivo, após a cerimônia que marcou a assinatura de uma parceria com a Prefeitura de São Paulo envolvendo medidas para viabilizar a circulação de carros elétricos na cidade. O grupo prevê para o fim deste ano o lançamento mundial do LEAF, veículo elétrico da Nissan que será produzido inicialmente no Japão.

Quanto às perspectivas de maior presença no Brasil, o grupo pretende alcançar tal objetivo com expansão da rede de concessionárias e lançamento de produtos no Brasil, com foco nos modelos compactos das duas montadoras."Se você não tiver carro popular, não vale a pena ter estratégia no Brasil", disse Ghosn.

Só na Nissan, estão previstos dois lançamentos no país ano que vem, incluindo o já anunciado compacto March, que será importado do México. Os novos carros permitirão à montadora competir em novos segmentos, de acordo com o executivo português Carlos Tavares, vice-presidente da Nissan, também presente ao evento em São Paulo.
Ele acrescenta que outro plano da fabricante é ampliar a rede de distribuição das atuais 88 lojas para 110 concessionárias até março de 2011, quando se encerra o exercício fiscal da montadora."Após isso, vamos para 140 (concessionárias)", disse.


Veja mais notícias